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O stress, ao contrário do que a santa ignorância faz crer, não resulta das situações externas, mas do modelo obsoleto de interpretação do facto.

8/20

Nos últimos sete artigos postados na comunidade da casa escola António Shiva, tenho focado especial atenção a todos os pedidos de ajuda, de homens e mulheres, que de uma forma ou de outra, já não se sentem felizes com o rumo que a sua vida tem levado.  Ficou, entretanto, esclarecido nos últimos artigos, que uma crise é uma bênção, e que a pobreza é uma resistência ao fluxo e processo da vida (riqueza).  Além de como experimentar serenidade, em mundos agitados.

Hoje em continuação, vamos adquirir a chave que abre a porta do inferno existencial.

O mundo maravilhoso que a humanidade tem hoje para viver, é contrário aos receios que a afligem. Porquê? Porque é que teimamos a não usufruir do que a vida nos oferece no momento para vivermos preocupados com o futuro? O paraíso está no aqui e agora. Não será insano, abrir um fosso na vida e viajar para o futuro desperdiçando o que realmente é real o agora?  Será, que faz algum sentido atualmente, existirem biliões de homens e mulheres temendo que as novas tecnologias, terminem definitivamente com o mercado de trabalho?

É urgente despertar para avida, e viver. É preciso refletir…, nunca a humanidade teve tanto, e nunca foi tão triste, infeliz e ansiosa. Porque é que existem estes universos antagónicos? Ambos tão reais…, o paraíso e o inferno.

Claro que perante esta realidade podemos escolher filosofar…, afinar a voz e puxar dos galões do conhecimento. E entrar-se na filosofia da “da pescadinha de rabo na boca”. Ou até justificar…, mas os factos não deixam dúvidas.

As duas realidades existenciais que são indiscutíveis “inferno e paraíso” devem-se ao facto de como cada um vê o mundo. Se recordarmos a história, veremos que em cada era a humanidade enfrentou os desafios da sua época com base em crenças que derivadas da visão de mundo (modelo de mundo).

Mas nada se ganha com justificações. E de nada adianta escrever um artigo, se não for rejeitado por todos, ou quase todos.

Vamos ao que interessa, porque viver no inferno ou paraíso, é uma questão de escolha. É uma questão de visão de mundo.

Vou deixar para o próximo artigo as versões de mundo clássico materialista/dualista (Newtoniano/cartesiano) responsável pelo inferno existencial. Assim como o moderno unicista/espiritualista (quântico), responsável pelo novo mundo.

Agora vou explicar de uma forma resumida, mas clara; como criamos a realidade que cada um de nós experimenta.

No universo não há separação

Então vejamos…, Felicidade é estar de bem comigo, com os outros, e com o mundo. Estar de bem comigo já significa estar de bem com Deus. E sem estar de bem comigo, jamais estarei de bem com alguma coisa. E tudo começa por aí.

 O que é vida? Vida é crescimento (multiplicação), fluxo (um movimento constante de mudança).

Quem somos? Um ser espiritual a passar por uma experiência material? Pode ser que sim. Um espírito (energia) a dar vida a um corpo (matéria/energia).

Partindo destes pressupostos, pegamos um fio da meada. E começamos a deslindar uma das causas possíveis do inferno existencial.

Então vejamos, fala-se muito em proteger o meio ambiente…, claro que isso é bom…, é cuidar da nossa casa comum.   Mas como vimos, não adianta ter a melhor versão de mundo (paraíso). Se o nosso meio ambiente interior estiver poluído. Chegou a oportunidade, de falarmos sobre o meio ambiente interno. De que importa entrarmos dentro de uma catedral, igreja, mesquita, ou noutro qualquer lugar sagrado, se nos martirizamos com a culpa do que fizemos ou do que poderia termos feito? Por momentos até poderemos sentir ilusoriamente alguma paz. Mas logo, vem à tona o que está dentro. O inferno da ansiedade, depressão, pânico agorafobia, etc., num meio ambiente paradisíaco. Porquê? Pela ilusão de uma culpa inexistente, criada por um preconceito materialista/dualista.

 Sem profundar em demasia, vou deixar aqui a relação do funcionamento mecânico quântico, dos pensamentos sentimentos e emoções; em relação ao sistema endócrino (responsável pelo meio ambiente interior), glândulas e hormonas para poderes perceber, o porquê de vivermos no inferno num mundo parasítico.

“Vamos com calma com o andor, que o santo é de barro”. Sei que corro o risco de ser presunçoso, pretendendo fazer luz sobre algo tão delicado. Não receio o que o leitor possa pensar. Cada um vê dentro do horizonte que consegue enxergar. Limito-me a fazer o melhor que sei dentro do limitado espaço deste artigo.

A mecânica quântica da vida

“Assim na terra como no céu” assim dentro como fora.

A tireoide, é o grande maestro da alma. Tem como pauta a consciência, com que conduz a ordem e o movimento da vida.

A glândula funciona através do pensamento. Por exemplo: quando pensas numa determinada possibilidade, ela age como estivesses a viver essa possibilidade. Injetando a hormona que precisas para levar acabo essa possibilidade. – Sei que isto não é novidade nenhuma para ninguém; aprende-se nos bancos da escola primária. Mas se todos sabem porque nos deixamos levar?

Não é o que fazemos, mas a forma como o fazemos, que nos dá saúde, sucesso, realização, enfim abundância…, ou medo, doença, fracasso. Porquê?

Para mais fácil ser entendido, vou aqui descrever o funcionamento das hormonas das suprarrenais. Apesar de, também não ser novidade para ninguém, podemos ver como o paradigma, ou modelo de mundo, nos coloca no inferno ou paraíso.

As suprarrenais são duas glândulas localizadas sobre os rins. Cada uma se divide em duas regiões: córtex suprarrenal (camada externa que reveste a glândula) e medula suprarrenal (parte interna). Cada região produz diferentes hormonas.

A adrenalina, por exemplo, representa cerca de 75% do total da secreção da glândula suprarrenal e é mais forte que a noradrenalina e a cortisol. A combinação, destas hormonas são, as principais responsáveis pela resposta de defesa nas condições de S.O.S. desde a fadiga, frio, calor e dor; assim como emoções fortes, como medo, raiva e furor. Colocam o corpo em alerta, preparando-o para atacar ou fugir. Até aqui tudo perfeito…, mas…, as situações de perigo podem ser reais ou imaginárias, dependendo da forma como interpretamos os acontecimentos no nosso meio ambiente.

Assim o que determina nossa reação aos acontecimentos não são os fatos em si, mas sim, a maneira como interpretamos aquilo que vemos. Às vezes podemos imaginar estarmos cercados por situações de risco, porém isso não condiz com a realidade dos factos. Mas como o corpo não distingue entre realidade e ilusão; ele responde de acordo com nossa avaliação do momento. Se acharmos que existe perigo, reagiremos de maneira intensa e imediatamente. Assim, mesmo a interpretação errada de uma situação, nos deixa receosos e cria o stress. O medo é imediatamente entendido no corpo, que fica em estado de choque, causando um grande desgaste físico, emocional e mental (o inferno existencial/ansiedade).

Na verdade, interpretamos tudo que nos cerca, de acordo com nossa maneira de ver (o modelo de mundo). Ou seja, aquilo que acreditamos ser verdade, é que serve de fundamento, para determinar o que acontece à nossa volta. Nem sempre interpretamos corretamente aquilo que nos acontece. O maior mal dessas interpretações erradas é o desgaste que isso provoca na própria pessoa. O estado de apreensão eleva os níveis de hormonas causadoras de stress, prejudicando a saúde. O stress é um dos maiores males da modernidade.

O stress, ao contrário do que a santa ignorância faz crer, não resulta das situações externas, mas do modelo obsoleto de interpretação do facto.

A Cortisol apesar de discreta, é uma das hormonas indispensáveis á sobrevivência humana. É essencial ao metabolismo, e atua em diversos órgãos e tecidos, e acima de tudo uma das principais causadoras de stress. É a alta concentração desta hormona, que nos faz acordar pela manhã, com uma boa disposição física para realizar as atividades do dia.

A nível quântico ou espiritual este estado de boa disposição física, resulta de optarmos por fazer o que temos de fazer, e aceitar o processo e fluxo da vida, tal como ela nos é apresentado.  O estar em aceitação a vida, e a tudo que ela nos apresenta, faz com que acordemos bem-dispostos e com energia, mesmo para as atividades mais cansativas.

Como podemos analisar, tudo depende de nós (tudo depende de nossa predisposição). Espiritualmente, é ela (aceitação com alegria, ou negação) que determina o nível do cortisol na corrente sanguínea pela manhã.

Também quando precisamos de concentração plena, as suprarrenais libertam a cortisol, a adrenalina e a noradrenalina. E é a combinação destas três hormonas que fabricam o máximo de energia para que cérebro e músculos lidem com as situações de risco, sejam físicas ou emocionais.

Apesar de o stress físico poder acarretar alguns danos, principalmente quando passa a dependência física; é o stress emocional, o grande criador do inferno existencial. O inferno existencial só é possível, pela negação ao processo e fluxo da vida. Uma realidade rica, alegre, realizada e feliz, resulta da aceitação do processo e fluxo da vida, assim como uma vida pobre, angustiada e fracassada resulta da negação ao processo e fluxo natural da vida. 

Não será demência negar o processo e fluxo da vida?

Claro que é demência…, mas…, alguém tem dúvida? Se estamos vivos neste mundo, maravilhoso, é para viver…, não é para vegetar alienados à espera que a morte chegue. Mas como enxergar essa demência, se até parece que é o próprio sistema a demência? Quem contribui para a esmagadora maioria de ansiosos? Não são os jovens adultos?

“Tudo que é posto à luz se torna luz” afirmava Paulo

Então porque se “vive no inferno”, na melhor versão de mundo? O inferno assim como o paraíso está dentro, não está no meio ambiente.

É indispensável, mudar o sistema educacional obsoleto, para esta nova versão de mundo. Porque na realidade, a esmagadora maioria de nossos ansiosos resulta da produção em massa, do sistema “educacional”.  São homens e mulheres, com a autoestima de rasto, sentem-se vazios, inúteis e deslocados do meio ambiente. Porquê? Foram formatados para reagir e lutar, num mundo competitivo. Mas esse mundo já não existe…, o mundo hoje é altamente tecnológico. As competências adquiridas nas escolas de produção em massa são inúteis. Por essa razão, os nossos jovens, sentem-se perdidos, sozinhos e enganados pelo sistema. Vivem na roda de hámster, correndo; correndo; sem ir a lugar algum. Vivem numa hipnose psicóticas e representam a esmagadora maioria dos ansiosos e consumidores de drogas duras (benzodiazepinas) para aliviar o vazio existencial.

É URGENTE desnormalizar e recuperar a individualidade, essencial à criatura divina.

Viver infeliz, vazio, fracassado e doente na melhor versão de mundo. É algo que dá para pensar. É preciso despertar, para o novo mundo.

 “Abençoados os que acreditam sem ver, que deles será a terra”. Dizia o mestre

Continuo incondicionalmente disponível para receber em meu antonio@solucaoperfeita.com as tuas dúvidas apresentações e comentários.

António Teixeira Fernandes

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