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À luz do novo amanhecer


Reação/Negação

A negação/reação não só é responsável por mais de 85% das doenças segundo a OMS (por ser a fonte geradora de stress), como é o maior inimigo do desenvolvimento pessoal e da prosperidade do ser humano. Ou seja… a negação é uma “tomada de força” (resistência), usada contra nós mesmos.

Qual o porquê dessa incoerência? Antes de tudo, temos que estar cientes de que, apesar dos galopantes avanços tecnológicos e da assombrosa evolução da chamada “inteligência artificial”, o sistema dominante instituído, e a humanidade em geral, ainda se comportam como se ainda não tivesse saído da idade da pedra lascada. E, como prova disso, temos a forma arcaica e contraditória com que se lutou contra a pandemia, numa altura, em que, tanto se fala em defender a natureza e o planeta.

Como funciona a negação?

Negação/rejeição/reação são 3 palavras que significam resistência. Como tudo começa? Não podemos num artigo traçar as linhas mestras, ou definir a causa que nos levou a um estado de defesa (resistência). Só uma abordagem profunda e individual, numa sessão terapêutica de gestão de stress, por um profissional experiente pode clarear a causa individual.

Mas de uma forma genérica, podemos elucidar o porquê, do tamanho disparate de negar ou rejeitar o que a vida generosamente nos oferece. Na verdade; este absurdo de resistir ao que a vida generosamente nos oferece está diretamente ligado ao paradigma separatista da dualidade, materialista. Assim como estamos ancorados na ilusão da aparência, numa determinada altura da nossa vida criamos negação (resistência), para nos defendermos de coisas que achamos, através da ilusão da aparência, serem uma ameaça de dor, falta ou sofrimento. Quando optamos por reagir, estamos convictos que resolvemos o problema, mas na verdade, damos início a uma espiral de situações que se não forem corrigidas a tempo, acabam, no fracasso, na falência, numa doença crónica, que pode ou não levar a uma mesa de cirurgia.

Posso deixar aqui alguns dos infindáveis exemplos possíveis, que nos levam ao estado de resistência, com que depois rejeitamos ou negamos qualquer coisa que a vida generosamente nos oferece. Um exemplo pessoal, entre os 11 e 12 anos, frequentei uma escola maravilhosa, onde todos os alunos dos mais velhos aos mais novos, vivíamos numa paz paradisíaca. Para manter o alto padrão de qualidade, tinha algumas pequenas regras, uma delas, era não manter um aluno reprovado. Eu reprovei e fui rejeitado (convidado a sair).  Quando um mês depois, fui convidado para uma escola semelhante, a minha primeira reação foi negar (na verdade o que mais desejava), para não correr o risco de ser rejeitado. Ou seja…, através desta ilusão, acabei por me rejeitar a mim mesmo.

Nos relacionamentos, esta atitude é muito comum. A pessoa rejeita-se para não permitir novos relacionamentos. Estas atitudes insanas, resultam da hipnose psicótica, em que nos encontramos inseridos. Tanto a criança, que não come para punir ou chatear a progenitora, como, o adulto que se priva do que ama, somente para punir alguém, com quem tem algo em aberto. São exemplos de insanidades que somente nos darão mais e mais sofrimento.

Será que quando estamos em estado de negação/rejeição, temos consciência do mal que nos causamos? Claro que não; quando agimos assim, estamos sobre hipnose, não temos consciência que esse tipo de comportamento só nos vai trazer mais e mais sofrimento. Tanto sofrimento imediato, transformado em stress e ansiedade, como o dar início a uma espiral interminável de resistência, stress, medo.

O mais grave é que nenhuma área da vida fica imune ao inferno do medo, criado pela negação. E quanto mais resistimos, mais medo e inferno criamos.

 Como fazer para nos libertamos deste sem fim, que nos projeta no inferno existencial?

A solução é simples e eficaz; embora fora da compreensão dos mais adormecidos. Começa e acaba, em aceitarmos a nossa verdadeira essência divina e vivermo-la somente. E o inferno existencial transforma-se em paraíso.

 Vou tentar esclarecer, tem calma…, todos sabemos que somos seres espirituais a passar por uma experiência material. Certo? Sabes também que és feito à imagem e semelhança do criador, assim como, tudo que existe visível ou invisível no universo. Ciente disso, basta nos libertarmos da hipnose da aparência e vivemos com deuses que somos.

–  Onde está Deus, não há medo, porque Deus é luz, e medos são trevas. Onde chega a luz, as trevas desaparecem.

–  Onde está Deus, não há controle, porque Deus é o próprio fluxo da natureza

– Onde está Deus, não há rejeição. A rejeição é originada no medo de ser rejeitado.

– Onde está Deus, está o amor, a essência que incendeia a vida humana.

Todo o resto é ilusão. Quando conseguimos assumir a nossa verdadeira essência, entramos no cerne ou essência da vida.

AGORA…; para quem ainda não se consegue desapegar da ilusão da aparência, pode minimizar ou até mesmo transformar o sofrimento criado pela negação, através de um autoconhecimento superficial, sugestões e pequenos truques. O resultado apesar de ser muito bom e mostrar grande “transformação”, é superficial. Eu próprio o experimentei e salvou a minha vida.

Então, agora vamos lá, apesar de não sairmos do velho paradigma, podemos experimentar uma vida exteriormente maravilhosa, dentro do sistema vigente, apesar de igualmente ilusória.

Começamos por identificar quais as razões que nos levaram a bloquear algumas áreas da vida. Vamos tentar compreender o funcionamento da negação para podermos eliminá-la.

Vejamos então: geralmente, pensamos que as nossas ações podem não contar com a aprovação dos outros. Esse pensamento ou julgamento gera uma energia de insegurança, que nos coloca em resistência ou negação.

Há muitos ditados populares, quando ouvidos na infância ou adolescência, por pais, professores, avós, e outros representantes da autoridade, que podem, por associação, nos bloquear durante a vida inteira, até que se tenha consciência da causa e transforme o bloqueio.

Por exemplo: ouvi muito em criança, pela minha mãe que “o que muito alto sobe, ao mais baixo vai cair”. Este ditado, que ouvia da minha mãe, bloqueou centenas de vezes o meu sucesso. Sempre que me preparava  para o grande salto, esta voz, na minha mente me impedia, ou alguém, bloqueava a minha ascensão. Apesar de hoje saber que o sucesso, não acabava ali, nem que a vida, me deixa de me dar mais e mais oportunidades, a voz dum célebre professor soava estrondosamente na minha mente, dizendo: “as oportunidades na vida são únicas, desperdiçá-las é nunca mais alcançá-las”.

Durante grande parte da minha vida, estive refém destas crendices da pobreza, vindas da autoridade, impedindo-me o sucesso. Podia dar-te mais exemplos pessoais, mas penso não ser importante. O essencial é a mensagem, não o mensageiro.

Temos outras causas de bloqueio. Se por exemplo, a ideia de sucesso e ser rico, te atemoriza pelos perigos que te deixam exposto, como roubo, rapto, usurpação etc., estás criando obstáculos para que o sucesso e riqueza nunca cheguem até ti.

Se pela auto-observação percebemos quais as causas com que obstruímos a realização de nossos sonhos e objetivos, é importante lembrar que a reação/negação/rejeição/resistência, são ações de defesa, baseadas na ilusão de perigo. 

Sei que há, quem se considere cético, e que diz que a realidade é mesmo essa; estamos cá para sofrer, ou que a culpa desta vida miserável, de mentira, traição, estupro, deve-se ao sistema.

  Espero que este artigo te tenha ajudado a clarear a razão duma realidade que não te deixa feliz. E que se tenha acendido uma luz no fundo do túnel, para aqueles, que procuram uma vida com sentido. Obrigado por estares na minha realidade.

António Fernandes

Sinais e sintomas dos distúrbios ansiosos

Os sintomas dos transtornos de ansiedade são inúmeros e podem se manifestar de infinitas formas. Cada sintoma pode surgir com uma intensidade e em momentos específicos para cada paciente. 

 Estão divididos, de forma didática, em: sintomas psíquicos (emocionais), sintomas físicos (do corpo) e sintomas cognitivos (da mente). Muitos já foram citados anteriormente, mas acho importante firmar o conceito, uma vez que o reconhecimento deles é a mais preciosa arma de diagnóstico. Após conversarmos um pouco sobre a perceção e a interpretação dos sintomas, iremos discutir as formas clássicas de ansiedade, baseadas nas classificações mais recentes utilizadas pela medicina. 

Lembre-se de que a ideia não é, de forma alguma, incentivar o autodiagnóstico, mas sim propiciar uma ferramenta de auto compreensão para que todos possam ter um papel mais ativo na vigilância e perceção da sua própria ansiedade. 

É importante frisar que a presença de um ou outro sintoma não quer dizer muita coisa. No diagnóstico precisamos analisar os sintomas associados (o conjunto da obra), a duração, a intensidade e o principal: o impacto na qualidade de vida.  

Não existe doença psíquica se não houver impacto no rendimento e na qualidade de vida da pessoa 

afetada e das que a cercam. Essa é a premissa de qualquer diagnóstico. Isso porque todo mundo sente ansiedade, uma vez ou outra, em um contexto ou outro. Só chamaremos de transtorno as formas mais exuberantes e disfuncionais (que atrapalham o rendimento da pessoa). 

Gosto de imaginar a ansiedade como um transtorno espectral, ou seja, de um lado temos a ansiedade saudável, amiga, fisiológica e funcional, de outro temos as formas nitidamente patológicas, desagradáveis, e no meio temos inúmeras possibilidades de transtornos mais leves, moderados ou graves, exigindo cautela tanto no diagnóstico como na condução clínica. É importante notar que durante a vida uma pessoa pode transitar dentro desse espectro de possibilidades, estando ora em um polo mais patológico, ora em um polo mais saudável. 

Outro ponto é que qualquer análise sobre a ansiedade deverá sempre avaliar o contexto de aparecimento dos sintomas. O mesmo sintoma expresso por alguém, em um contexto, pode ser normal, e em outro contexto, patológico. 

Por isso, o médico sempre buscará compreender a situação de vida atual e pregressa de quem desenvolveu um transtorno de ansiedade. 

Não existem exames capazes de identificar a ansiedade. O diagnóstico é meramente clínico, pautado na interpretação do médico e/ou do psicólogo, baseado em seu conhecimento técnico, sua experiência e suas impressões pessoais diante de determinado caso.  

Por se tratar de um transtorno spectral, o ponto onde termina a normalidade e onde começa a doença não é tão nítido como se imagina, havendo alguma margem para interpretação. 

Afinal, o que é ansiedade?

Vivemos tempos definitivamente ansiosos.

Temos de lidar com sobrecarga de tarefas, elevada velocidade de informação, altos graus de cobrança, poucas válvulas de
escape, intolerância ao erro, necessidade de ser multitarefa, falta de tempo. Esse é um terreno fértil para o aparecimento
de formas exacerbadas e disfuncionais de ansiedade, um fenómeno biológico universal presente em boa parte das
pessoas na atualidade.

Quando falamos em ansiedade, pensamos em um conjunto de emoções e reações corporais que antecedem o novo, o desafio ou uma experiência de alguma forma arriscada ou stressante. Trata-se de um pacote cerebral que precisa de estímulos específicos para aparecer e gera uma resposta física imediata, preparando o corpo para o enfrentamento ou para a esquiva de uma situação fora do comum. Sempre que o cérebro perceber que algo importante está prestes a ocorrer, ele desencadeará uma série de eventos que chamamos genericamente de ansiedade, ou antecipação ao stresse.

Esse “modo expectativa” pode ser acionado tanto para eventos bons (uma festa, um encontro, uma formatura, o nascimento de um filho) como para eventos potencialmente ruins (a chegada a um local perigoso, o receio de um diagnóstico, o medo de perder o emprego etc.).

Sentir-se ansioso, nesses contextos, é sinal de saúde! Quando o cérebro se antecipa diante de situações reais a fim de gerar
uma sucessão de ajustes proporcionais a elas, o resultado tende a ser o melhor possível.

O que seria de uma comemoração ou de uma viagem sem aquela sensação de ansiedade que as antecede?

E quem nunca ouviu a frase “O melhor da festa é esperar por ela”?

Da mesma forma, quando a percepção antecipatória está relacionada ao risco, a ansiedade pode nos salvar: nos fazendo evitar um local escuro e ameaçador pela sensação de que poderemos ser assaltados, nos impedindo de nos aproximar demais do parapeito de um edifício pelo desconforto da altura ou mesmo nos estimulando a desistir de sair de casa ao avistarmos uma nuvem negra no céu.

Esses são exemplos claros da ansiedade do bem, aquela que nos motiva ao antecipar o prazer das conquistas e a que nos resguarda dos riscos ao ajustar a reação de enfrentamento.

Para ilustrar o lado bom da ansiedade, lembrei-me de uma passagem bem famosa (e um pouco clichê) do livro “O
pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, em que a raposa diz:

Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… [1]

O pequeno príncipe,
de Antoine de Saint-Exupéry

Veja aqui um claro e poético exemplo de parcela emocional paga antecipadamente, do empenho do cérebro em antever o futuro provável, em vivenciar e se “pré-ocupar” com a simples expectativa, adiantando-se e preparando-se para o prazer. Aqui a ansiedade mostrou-se bela e eficaz.

No entanto, todo sistema biológico complexo é passível de falhas (estava demorando para o lado negativo aparecer, não é?), e com esse não poderia ser diferente. O transtorno ocorre quando o sistema se desregula, gerando respostas físicas e emocionais desproporcionais em relação ao risco (exageradas seja em intensidade, seja em duração) ou na ausência de risco real.
Atualmente, vivemos uma epidemia de ansiedade patológica, um distúrbio que leva à baixa de rendimento e que pode assumir formas bastante incapacitantes. Estima-se que de 15 a 20 por cento dos adultos (1 a cada 5) apresentem formas patológicas de ansiedade durante a vida. Isso engloba centenas de milhares de pessoas pelo mundo, tornando o transtorno uma das doenças mais comuns de que se tem conhecimento.

Nas mulheres, o risco é cerca de duas vezes maior. Geralmente os sintomas surgem na adolescência ou durante o início da vida adulta, mas podem aparecer em qualquer idade. Existem formas agudas (repentinas) e autolimitadas (que duram pouco
tempo e se resolvem sozinhas), mas também existem formas crónicas, que podem se arrastar durante longos períodos, levando a um impacto directo na qualidade de vida.

Aliás, essa é a medida para saber quando a ansiedade se torna um transtorno: ela passa a ser desregulada, gerando sofrimento demasiado e reduzindo o rendimento emocional e cognitivo.
É interessante notar que quando se manifesta de forma patológica, ou seja, na forma de doença, a ansiedade pode assumir diversas faces ou expressões clínicas. Iremos discutir bastante essas formas nos próximos capítulos, mas vale aqui uma breve apresentação das mais comuns e frequentes: transtorno de ansiedade generalizada (TAG), síndrome do pânico (SP), síndrome do stresse pós-traumático (SEPT), transtornos compulsivos e obsessivo-compulsivos (TOC) e fobias específicas.

Essa sopa de letrinhas é uma tentativa moderna de classificação a fim de organizar o raciocínio médico e melhorar o diagnóstico e os tratamentos desses tipos peculiares de manifestação da ansiedade.

O que todos os casos têm em comum é serem distúrbios da expectativa, provocando sensações desproporcionais ao risco, disfunção na percepção da realidade e na resposta ao medo. As formas mais intensas, com sintomas evidentes, trazem
muito sofrimento e angústia, paralisando o paciente em situações cotidianas e levando, eventualmente, à crónica fuga de situações de exposição.

Foi somente a partir do século XX que a comunidade médica voltou a atenção para esse tipo de disfunção, descrevendo melhor os eventos e conduzindo melhor os estudos. Mas, mesmo antes, durante toda a história da medicina, casos já eram vivenciados e por vezes apresentados pelas mais diversas especialidades. Ocorrem nos quatro cantos do mundo e são expressos em todas as culturas, cenários sociais e crenças. Isso aponta para a consistência de tais diagnósticos e para a vulnerabilidade humana a perturbações no mecanismo de gerenciamento da ansiedade.

Felizmente, junto com o crescente reconhecimento das patologias da ansiedade houve também evolução nos tratamentos. Nas últimas décadas, tanto a psicoterapia nas suas diversas formas como a farmacologia avançaram muito e, atualmente, conseguem, ora juntas, ora separadas, propiciar um bom incremento na qualidade de vida dos pacientes que buscam ajuda especializada. A compreensão dos processos cerebrais que levam à disfunção dos mecanismos de avaliação e resposta ao risco foi fundamental nessa franca evolução dos tratamentos disponíveis.

Do Livro: O Cérebro Ansioso: Aprenda a Reconhecer, Prevenir e Tratar o Maior Transtorno Moderno, de Leandro Teles

A depressão, doença social?

Não há dúvida de que a depressão apresenta não poucas características de uma doença social: antes de tudo a característica de estar muito espalhada e continuar a difundir-se cada vez mais.

Estranhamente, enquanto o progresso técnico e bem-estar conseguiram fazer diminuir a maior parte das doenças epidémicas, parece que, relativamente à depressão, viram dar-lhe um novo impulso.

É verdade que sobre a depressão, precisamente porque não se transmite por meio de bactérias ou ultravirus, até os quimioterápicos e os antibioticos mais recentes são ineficazes; contudo parece não haver dúvida de que tem realmente a capacidade de contagiar. Quantas pessoas obrigadas a conviver com algum deprimido não acabam por também adoecer com esta doença!

A depressão está tão difundida que alguns pensam que está estritamente ligada à natureza humana: a necessidade inata de felicidade no homem e a extrema parcimónia com que essa necessidade é satisfeita neste mundo seriam a primeira causa da depressão.

Entre a felicidade desejada pelo homem e a conseguida, há sempre um hiato quase impossível de preencher: daí uma sucessão de desilusões que a longo prazo abre caminho à depressão portanto à incapacidade de usufruir também daquele pouco de felicidade que nos é oferecida nesta terra.

A propósito, escreve o especialista Jacques Lavigne: “Há uma perpétua distância entre mim e a minha alegria e quanto mais procuro vivê-la mais me parece que perco as forças: como se os esforços que faço para conquistar a luz só servisse para tornar mais espessa e impenetrável a cortina que me separa dela”.

Se fosse assim, o único modo para evitar a depressão pareceria ser moderar e provavelmente anular o nosso desejo de felicidade. É uma receita que os homens sempre se propuseram, mas, mesmo que isso fosse possível, seria justo e oportuno? A necessidade de felicidade, como todas as necessidades, deverá ter o seu significado e o seu objetivo. Sem essa necessiade, não estaríamos ainda na idade da pedra?

De qualquer maneira, não é só o desejo insatisfeito de felicidade que nos leva à depressão. Não há dúvida de que a desordem que se infiltrou no nosso código genético com o pecado original tem um papel desprezível, ou até absolutamente determinante. Quantas pessoas com pais e avós deprimidos não conseguem escapar à depressão!

As dificuldades também têm peso importante. O sofrimento está por toda a parte, mas há pessoas que poderíamos dizer mais infelizes do que outras e que têm sempre de enfrentar doenças, desgraças e provações de todo o género, de tal modo que parecem devidas à sanha persecutória de algum ser maligno. Isso pode, a longo prazo, minar qualquer resistência e levar um pobre ser à desconfiança de si e dos outros e dai à depressão, como ultima estação de chegada.

Não é fácil vacinar-se contra uma doença como a depressão. Trata-se de um vírus de muitas caras como há pouco se disse, aparece onde se acumulam sofrimentos e desgraças, doenças e lutas, aparece também facilmente naqueles ambientes em que a vida parece correr mais serena, ou mesmo excessivamente alegre.

Depressão e ansiedade são doenças da alma

“Deus é amor e bondade infinita”

10/20

O caminho da serenidade

Há uma solução perfeita em cada problema. No último artigo, ficou esclarecido como é simples fazer da vida uma festa. Ficou também claro que, a vida nos dá a chave que abre o portão da “vida em abundância” como dizia o Nazareno.

Mas a ansiedade já tomou conta (está no poder), e fala mais alto. E aquele ou aquela já se encontra imerso no inferno da ansiedade, suportando as agruras instaladas no espírito, que já começam se manifestando no corpo. Tornando-se os meus textos pedras arremessadas às feridas em carne viva da alma. Há também aqueles, que sentem como que, os meus textos sobre ansiedade, aumentem a culpa que já sentem. Há também outros, que afirma que ninguém os compreende, e muito menos o seu sofrimento. Enfim, só conseguem identificar o que já têm registado neles próprios. Parece que estão sob o efeito de uma hipnose. Sentem-se e agem, como tudo e todos os quisessem agredir.

Como é que esta realidade pode ser explicada? De pouco adianta explicar se com isso não ajudarmos estes homens e mulheres a saírem deste inferno existencial. Mas perante os conceitos da física moderna…, cada um de nós cria o seu meio ambiente externo (a sua realidade), compatível com nosso meio ambiente interno (conteúdo interno). Ou seja, conforme nos movimentamos, no meio ambiente exterior, assim o criamos, com a irradiação do nosso meio ambiente interno. Entramos numa roda de hámster; o mesmo que dizer numa tortura que só finaliza na morte.

   Como sair deste sofrimento?

Para se sair do inferno da ansiedade, é preciso reconhecer a impotência em relação ao sofrimento, deixar de lutar, e pedir ajuda. Este primeiro passo, parece lógico e simples, mas, na verdade, não é fácil. Reconhecer a impotência em relação ao sofrimento, é fácil, pedir ajuda, também o é… O problema está no baixar os braços para seguir as sugestões de quem está a ser prestada a ajuda. Este 1.º passo para sair do inferno da ansiedade é o início do caminho da serenidade.

 Qual é o maior bloqueio do ansioso? O que impede a entrada na serenidade do paraíso?

Eu vou explicar melhor; apesar da benzodiazepina (descoberta casualmente por Leo Sternbach em 1955), tornar-se na grande esperança para a humanidade, acabando com tortura cruel dos choques elétricos.  Rapidamente se iniciou o seu uso como tratamento da ansiedade, e em pouco mais de uma década contribuiu para milhões de toxicodependentes no mundo. Apesar dos alertas da O.M.S., para a sua redução, a toxicodependência com drogas receitadas pela indústria da doença, não tem parado de subir (apesar de não existirem números exatos, pensa-se que 80 % dos toxicodependentes no mundo, são de drogas legais).  

Como é que este contexto se torna uma complicação para o ansioso e depressivo, entrar no caminho da serenidade? Vamos neste momento focarmo-nos no ansioso. Ansiedade é um medo irracional. O medo irracional, é gerado em falsos conceitos em relação à vida (conceitos que já foram verdadeiros e úteis, mas que hoje são obsoletos).

– Se o ansioso nunca usou drogas como tratamento da ansiedade, é muito simples sair da ansiedade e navegar na segurança da serenidade. Assim, consoante se vai fornecendo dos novos conceitos, uteis e atualizados à nova realidade, assim a ansiedade se vai esfumando, dando lugar a serenidade.

– Se o ansioso usou drogas (benzodiazepinas) como tratamento da ansiedade, tudo se torna mais complicado. É necessário estudar-se rigorosamente cada caso. Na maioria dos casos, o ideal, é um programa de recuperação feito em regime residencial, longe de sua zona de residência.

Apesar de ser um investimento dispendioso, não há dinheiro que possa pagar a libertação do inferno da ansiedade.

Como fazer?

A Casa Escola António Shiva® com a sua rubrica “Há uma solução perfeita e criativa para cada problema”, tem ajudado homens e mulheres de todo o mundo, ao longo dos últimos vinte anos. Se os outros podem, qualquer um pode…, basta querer, e clicar neste link (é um serviço gratuito)

E, com este gesto, muitos foram, os que encontraram, soluções para os seus problemas, e transformaram as suas vidas.

Sabemos que nem sempre, é fácil pedir ajuda. Há uma tendência muito grande para adiar.

 Mas por que é que temos essa tendência de adiar?

 Porque, para se pedir ajuda…, e se aceitar, a ajuda disponível, é preciso coragem e humildade. E apesar da coragem, ser comum a todos, já a humildade, requer sabedoria de uma boa autoestima. E, se existisse uma boa autoestima, existia segurança, e seria impossível, ou muito difícil, entrar em pânico, ansiedade, depressão ou outra qualquer maleita emocional.

Por que razão, a humildade é um estado emocional tão raro?

O que é na verdade humildade? Humildade é estar recetivo…, em plenitude, sintonizado com a vida, Deus e o universo.

Fui enganado

Quando era criança, ensinaram-me que ser humilde, era ser submisso. Que “Deus gostaria de mim, se me deixasse humilhar”. Quando minha mãe me pedia para me humilhar, eu ficava sem ar, como que tivesse levado um soco na boca do estomago. Que raio de Deus Criador, quer a sua obra-prima humilhada? Nunca consegui me predispor a humilhação.

Foi só mais tarde, já em adulto (na meia idade), que o clique se deu. E ao ir a origem da palavra que originou “humildade” (HUMUS), que, significa terra fértil, rica em nutrientes, pronta para fazer germinar a semente (a vida).

Ser humilde, é estar (recetivo) sempre pronto a receber, e preparado para aprender, e deixa germinar, no solo fértil a boa semente.

“Abençoados os humildes que deles é o paraíso”.

    Assim como a 3ª lei da mecânica quântica; “atrai-se na mesma densidade e frequência o que se irradia”.

     A pessoa humilde atrai a boa semente porque a sabedoria divina e a inteligência universal, não ocupava um terreno fértil com semente de 2ª qualidade e muito menos, com semente ruim. A pessoa humilde é sábia, autoconfiante, segura e simples, incapaz de pactuar com a hipocrisia ou vitimismo.

     Enfim, a humildade é a mais nobre de todas as faculdades. Só aquele que a possuir pode atingir a sabedoria.

Prezado leitor, que sofre de ansiedade, depressão ou síndrome de pânico…, este texto tem como único objetivo dar a conhecer que não está só…, há mais como você…, Não continue a adiar…, se eu e os outros conseguiram; você também pode conseguir… de que está à espera?

Incondicionalmente disponível,

António Fernandes

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