Autor versus Acusador
Ao tentar explicar os nossos comportamentos e emoções, temos apenas duas opções:
- Ou somos os donos, das nossas reacções
- ou culpamos alguém ou alguma coisa por elas.
Só que esta não é uma escolha simples, sem consequências.
Enquanto a minha honestidade me coloca no caminho da maturidade, a minha racionalização afasta-me da realidade. Se me considero autor das minhas acções e assumo a responsabilidade pelas minhas emoções e comportamentos, conheço-me melhor e sou capaz de crescer. Se explico as minhas ações e sentimentos atribuindo a responsabilidade a outras pessoas ou situações, nunca chego a conhecer o meu verdadeiro «eu». Vou retardar o meu crescimento pessoal enquanto não conseguir a reconhecer a minha responsabilidade.
Lembre-se: o crescimento começa onde as acusações terminam.
Observe como as pessoas reagem de modos diferentes à mesma pessoa ou situação. Examine, por exemplo, o caso de uma pessoa grosseira e agressiva. Podemos ter-lhe raiva e descobrir que outra pessoa sente pena dela. Tudo depende da percepção pessoal. Se a vejo como deliberadamente má, a minha resposta emocional pode ser de raiva ou ressentimento. O meu comportamento diante dela pode ser de sarcasmo. Mas, se a vejo como carente ou infeliz, a minha reacção será provavelmente de compaixão.
Quando revemos as nossas percepções e atitudes habituais, reformulamos também as nossas respostas emocionais. É importante lembrar que a perceção está sempre no núcleo de cada emoção. E esta perceção que lhe vai determinar a natureza e a intensidade. É provável que muitas das minhas emoções sejam saudáveis e construtivas. Contudo, se os meus padrões emocionais são destrutivos e me afastam das pessoas, é importante examinar melhor as percepções ou atitudes com as quais escrevo o roteiro da minha vida.
lsto é certamente uma parte da minha responsabilidade total.
Jonh Powel – “Felicidade: um trabalho interior”
Postado e adaptado por Isabel Pato